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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Apenas reflexões desordenadas

Hoje estive centrado em meus afazeres, sentia como se estivesse só, navegando em meio a um mar de pensamentos que fluíam desordenados (a desordem é o sentido natural das coisas fluírem) enquanto me dedicava para coloca-los da forma mais organizada que conseguira em meu projeto. 
Após algumas horas dei por encerrada estas atividades, e notei finalmente que o vento assoviava lá fora, quase que assustadoramente, chacoalhando as árvores do local onde estou vivendo atualmente. Imaginei que iria chover e que o céu estava nublado, me surpreendi quando sai de meu quarto e me deparei com o céu estrelado... 
Mais tarde ouvi de um colega que ventara desta maneira desde as 15 hrs e eu não havia notado a força da natureza ao meu redor. 
Senti meu corpo cansado, pesar. Pensei em não treinar esta noite, foi quando sentindo o vento forte empurrando meu rosto, me vi tomado por pensamentos, me dei conta do quanto me sinto sozinho, e de como estou rodeado de pessoas que parecem felizes, mas o que eu sinto nelas é solidão. 
Pessoas que baseiam sua felicidade em momentos vãos e que cultivam maus hábitos, vivem se arrastando dia após dia, sufocadas pela pressa que assola o chamado "mundo moderno", elas esperam por curtas horas de alegria no final do dia, ou no final da semana, ou em um feriado qualquer, sendo que uma vez este momento passado voltarão a viver se arrastando, esperando pelo próximo, sem o mínimo prazer por aquilo que fazem, e o fazem sem amor. 
Há também aquelas que são determinadas, porém "vivem" tomadas pelo trabalho, pelo ritmo deste mundo moderno, e esquecem de coisas importantes que acontecem fora de seu pequeno mundo, este mundo em que todos nós nos refugiamos em alguns momentos, o mundo criado em nossos pensamentos, que nos desconecta de tudo e todos ao nosso redor. 
Percebi tudo isso enquanto sentia o vento em meu rosto, e observava o balançar das folhas... Pensei no tempo que uma árvore leva para crescer, muitos anos... e no ritmo que o dado mercado nos submete, e no impacto que toda esta pressa ocasiona no planeta. Concluí que será difícil para a humanidade reverter o dano já causado, e desejei estar errado a respeito disso. 
Neste momento então iniciei meu treino, mesmo com o corpo cansado, minha mente permitiu que eu prosseguisse, guiado pelo universo ao meu redor, deixei com que o treino fluísse no seu próprio ritmo.
Pensei no quanto ter um corpo forte é importante para o bem estar (ainda mais quando expostos a uma série de riscos), porém de nada serve um corpo forte se a mente é frágil, portanto é necessário fortalecer a mente para então superar os limites físicos. O que torna o processo bem mais complicado que apenas ir até a academia algumas horas na semana, sem dizer naqueles que até isso o fazem por obrigação.
Estou buscando o equilíbrio dentro de mim, para poder vivenciar e cultivar a paz em minha vizinhança. Fortalecendo o corpo, busco o autoconhecimento novamente, fortalecendo a mente para ultrapassar limites e só com a mente sã e o corpo sadio buscar o equilíbrio, a paz interior, que tanto inspira e entusiasma. 
Sozinho em meio a multidão que me cerca, com o coração aberto (pois acredito nas pessoas e não temo, pois acredito ter a força para perdoar e aceitar que todos cometem erros) eu sigo meu caminho. Ao pensar que estou distante daquilo que é realmente importante para mim, me convenço estar seguindo o caminho do meio, e que apesar da distância física, acredito que a luz que direciono àqueles que amo tocará seus corações e suas vidas. Sigo desejando ter a força para um dia esta luz brilhar o suficiente e iluminar o caminho daqueles que vagam ao meu redor, e parecem trancados por dentro com medo de algo que nem sabem o que é.